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Artigo publicado pelo Jornal Correio Brasiliense no dia 08/05/2002

PT realizará protesto em frente ao Morgan Stanley em NY

15h11 - O núcleo do PT em Nova York (EUA) programou para a próxima sexta-feira uma manifestação em frente à sede do banco Morgan Stanley Dean Wittter, para protestar contra o rebaixamento das recomendações de compra de títulos da dívida externa brasileira feito pela instituição na semana passada. Segundo relatório do banco, o rebaixamento se deve, entre outras razões, ao crescimento do pré-candidato à Presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, nas pesquisas de opinião.

Outras instituições também apresentaram relatórios reduzindo a recomendação de compra dos títulos brasileiros, como o ABN Amro e o banco Santander, provocando críticas de políticos, entre eles os pré-candidatos a presidente José Serra (PSDB), Ciro Gomes (PPS) e Anthony Garotinho (PSB), adversários de Lula. As instituições ING Barings, Lloyds Bank, Barclays e JP Morgan, no entanto, mantiveram as avaliações anteriores dos títulos da dívida brasileira, de valor acima da média do mercado.

O protesto organizado pelo PT repudia também a intervenção de organismos financeiros internacionais no processo eleitoral brasileiro. Segundo informa o partido, a proposta é fazer uma manifestação bem-humorada, com bandeiras, faixas e grupos de capoeira, música e teatro. Integrantes do PT devem ler um manifesto defendendo a democracia no Brasil e na América Latina. Com informações da FolhaNews.

Artigo publicado pelo Globo News no dia 08/05/2002

PT fará protesto em frente ao Morgan Stanley em Nova York

O PT promove na próxima sexta-feira uma manifestação em frente à sede do banco Morgan Stanley, em Nova York. De acordo com informações do site do partido, "o ato vai manifestar o repúdio à intervenção dos organismos financeiros internacionais na eleição brasileira" e também chamar a atenção dos americanos para a campanha do pré-candidato do partido à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Na semana passada, o banco foi um dos que diminuíram a recomendação de compra de títulos brasileiros em virtude do crescimento dos índices de Lula nas pesquisas de intenção de voto.

O PT promete fazer um protesto bem humorado, com muitas bandeiras, faixas e com grupos de capoeira, música e teatro "para mostrar as particularidades culturais e políticas brasileiras, nem sempre ao alcance dos analistas de instituições financeiras sediadas em Nova York". O Núcleo do PT na cidade americana realizará ainda a leitura de um manifesto pela democracia no Brasil e na América Latina, lembrando, por exemplo, os últimos acontecimentos na Venezuela e na Colômbia.

Artigo publicado pelo Jornal O Globo  no dia 11/05/2002

Protesto do PT em Nova York acaba em batucada

NOVA YORK. Com muito barulho de surdo e tarol, mas com pequeno número de manifestantes, o PT de Nova York fez ontem uma manifestação na porta do banco de investimento Morgan Stanley Dean Witter. Reunindo apenas 20 pessoas e sem o prometido show de capoeira, os petistas protestaram contra a decisão do banco de rebaixar a cotação dos títulos da dívida brasileira diante do crescimento do pré-candidato do partido à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, nas pesquisas.

O organizador do protesto, Paulo Nunes, que chegou a se candidatar a presidente do Distrito do Brooklyn nas eleições municipais de Nova York no ano passado, esperava reunir até 200 manifestantes. Segundo ele, a batucada “simboliza a gandaia, mas também tem uma força revolucionária”.

A gandaia não teve o apoio de petistas, foi prejudicada pelo barulho de uma britadeira em frente, mas atraiu a atenção de curiosos, sobretudo de funcionários do banco na esquina da Rua 48 com a Broadway.

— Os brasileiros sofrem e fazem música. É incrível — disse um funcionário do banco que não se identificou.

Com a pequena manifestação, o banco manteve apenas três seguranças no local. A polícia de Nova York chegou a enviar cinco soldados mas depois deixou apenas três para patrulhar o protesto.

A assessora do banco Diana Quintero disse que a empresa não comentaria a manifestação. Funcionários brasileiros do banco desceram do prédio para ver o protesto. Chegaram a pegar panfletos, mas se recusaram a dar declarações.

Paulo Nunes estava acompanhado pela economista indiana Sapana Doshi, de 27 anos, que criticou a visão de modelo econômico que os bancos americanos têm do Brasil. Eles seguravam cartazes com dizeres como “Merrill+Morgan tirem suas mãos da urna eleitoral brasileira”. Por ordem da polícia, as bandeiras do PT só puderam ser exibidas sem os mastros, por questões de segurança.

O professor de história Mike Sweiven, de 28 anos, nunca esteve no Brasil mas faz parte do círculo de petistas nova-iorquinos:

— Lula vai vencer.

A batucada foi prejudicada pelo ruído de britadeiras em um obra na calçada de um prédio em frente à portaria da sede do banco na Rua 48 e durou duas horas e meia.

Artigo publicado pelo Jornal Estado de São Paulo no dia 10/05/2002

Petistas fazem manifestação pró-Lula em Nova York

Com uma batucada improvisada por um surdo e um repinique, cartazes contra os bancos internacionais e bandeiras do Brasil e do PT, um grupo de 15 pessoas fez, no fim da tarde de hoje, a primeira manifestação pública do New Yorkers for Lula (Nova-iorquinos a favor de Lula), que apóia a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. O protesto foi feito na esquina da Broadway com a Rua 48, na frente do banco Morgan Stanley Dean Witter, como reação ao rebaixamento do Brasil pelo que os bancos estrangeiros chamam de "risco Lula". Num dos cartazes, o nome do candidato José Serra (PSDB), aparecia num diálogo dizendo "tô atolanu" e recebia dos bancos a resposta: "Nóis tá cheganu."

O New Yorkers for Lula foi criado por um grupo de amigos brasileiros, americanos e outros estrangeiros no final do ano passado. Entre os fundadores está o diretor de teatro paulista Paulo Nunes Ueno. Além de fazer contato com organizações esquerdistas locais em busca de aliados, um dos primeiros objetivos do grupo era estimular os imigrantes brasileiros a se cadastrarem como eleitores no consulado do Brasil em Nova York, para votar em outubro.

"A possibilidade de ter Lula como presidente é um grande sonho há muito tempo. Não podendo estar no Brasil, decidimos fazer militância aqui", contou Ueno. O cadastramento terminou na quarta-feira e, segundo informou a assessoria de imprensa do consulado, cerca de 6 mil pessoas se registraram.

A pequena participação na manifestação de hoje já era esperada pelos organizadores. Para Ueno, "este é o início de uma campanha de conscientização do público americano, de que existe um grande país chamado Brasil, e que sempre haverá resposta contra qualquer força que queira intervir nele, como aconteceu na Argentina e na Venezuela".

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